terça-feira, 1 de março de 2011

A certeza da incerteza

Estou num canto da sala
Não sei se hei de chama-la
Estou sentada no chão
A ver se chega o verão
Leio um livro meio rasgado
E tento acabar as palavras
Sinto que isto não vai durar
Eu sei que isto vai acabar
Não oiço opiniões de ninguém
Porque eu quero ver mais além
Fazes isso comigo?
Foges, e deixas tudo para trás?
Um dia talvez alguém o fará
Mas sei que não és tu de certeza..

domingo, 16 de janeiro de 2011

Esperava respeito

O vento soprou
O medo levantou
-Estou sozinha?
E uma voz me responde
- Não!
-ai não? Então porque é que eu sinto que sim?
- Parece, mas não estás. Apenas, está tudo adormecido
-então que acordem! Olho à minha volta e só vejo escuridão
- Solidão?
-também. Não preciso que concordem com as minhas decisões. Sejam elas erros ou não
Só queria que me respeitassem.
Não ouvi mais nada, e por momentos fiquei quieta a pensar
Dei meia volta e voltei de onde vinha, senti que me estava a perder com tantos pensamentos
E deixei de pensar e simplesmente viver!
Afinal de conta, o que é meu voltara. Se não voltar é porque nunca me pertenceu não é?
Até hoje, sinto a dor da traição a passar-me pelas veias
E quando chega ao coração, dá-me um aperto tão grande e tão doloroso
Mas vou acreditar nessa voz e esperar que tudo acorde
Não dizem que “tudo está bem, quando acaba bem?”
Então se ainda não estou bem é porque ainda não acabou.
Espero pelo meu fim, e encontrar um pingo de alegria :)