segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Eu declaro morte ao Sol


Perdi-me, lá por trás da solidão
Senti que fui abandonada
E que, a minha existência, foi esquecida
Dei três voltas em volta de mim própria
e percebi que afinal não estava perdida
Mas que na verdade, tinha acabado de me encontrar
Dei de cara com o que eu realmente era, e com o que realmente queria
Era ficar sozinha, pensar e recordar os bons momentos passados
Percebi que gostava de estar sozinha no meu canto, bem longe do barulho e da confusão
Na verdade, de tudo o que me deixasse nervosa, e com vergonha
Gosto de estar perdida nesta floresta enorme, que eu tenho pela frente para explorar
Gosto de sentir a liberdade só para mim
E saber que vou poder chorar, pensar, gritar, sem dar justificações a ninguém
Não quero que me perguntem, se estou bem,
se preciso de ajuda
e muito menos que me digam para não ficar triste
me levantar e seguir com a vida em frente
Não quero, não sou obrigada a isso!

Quero que chova torrencialmente e estar no meio dessa chuva sozinha
“Por favor, que não pare de chover”
Porque nesse momento estão todos em casa
E sei que posso encontrar as ruas da cidade desertas
E assim, poder gritar bem alto o quanto odeio a crueldade deste mundo
Gosto de ser complicada e que ninguém me perceba
Quero estar sozinha e não ser encontrada
Porque estou farta de alimentar as minhas esperanças sabendo eu própria que nada vai mudar
O meu mundo deixou de ter cores  e acabou por escurecer
Por isso, deixem-me viver no escuro, que a luz à muito que desapareceu e eu estou bem aqui, juro
” Por favor que não pare de chover”

quarta-feira, 7 de julho de 2010

confusão

De um dia de sol,
Passo para um dia de chuva e trovoada
Não quero amar nem ser amada
Quero tudo e ou mesmo tempo nada
Quero estar sozinha e preciso de chorar
Vou-me embora
Sinto que está na hora
Um dia volto e sei que nada vou ter
Mas na verdade nada disso me preocupa
Fui embora sentia-me cheia
Voltei e sinto-me vazia
Mas eu tinha que ir
Não podia explodir
E fazer sofrer meio mundo por causa das minhas birras
Na verdade isto não passa de uma confusão
De uma criança mimada que não lida com nada
E simplesmente acho que sem ti ao meu lado nada tem sentido
Volta, quero-(te) sempre @

quinta-feira, 17 de junho de 2010

(mon) prince @

Il était une fois, une ombre au fond du tunnel
Elle y est restée pendant quelques minutes,
Mais finalement s’est t’approchée
C'était un garçon grand et élégant
Il s’est approché bien près de moi,
Il m'a touché et embrassé ma face
Il m'a salué en me montrant un grand sourire...
De belles paroles de sa bouche sortaient
Et de sa voix j’entendais passion
J’ai voulu croire en mon cœur
Et je l’ai entendu attentivement
J'ai écouté et je n’ai pas parlé
Je l'ai laissé et je ne l’ai pas tus
Il était doux et attrayant
Et pour quelques heures je me sentais heureuse et rayonnante
Je lui faisais confiance et lui en moi
Je voulais lui dire, je voulais lui avoué une vérité
Mais j’avais peur, j'avais honte de ce que dans ma tête se promenait
En fait, je ne savais pas qui il était, la vérité c’est que je ne l’avais jamais vu
Mais je jure que profondément dans mon intérieur j'étais sûr d'une chose,
C’était lui...
Oui c’était lui, j’avais trouvée le prince de mes rêves :)


tradução do poema francês :)

(Meu) príncipe @

Era uma vez, uma sombra no fundo do túnel
Ficou ali durante uns minutos,
Mas acabou por se aproximar
Era um rapaz grande e elegante
Chegou-se bem junto a mim,
Tocou-me e beijou-me a face
E disse-me “olá” mostrando-me um sorriso enorme..
Palavras encantadoras da boca dele saíram
E da sua voz ouvi paixão
Quis acreditar no meu coração
E ouvi tudo atentamente
Ouvi e não falei
Deixei-o falar e não o calei
Ele era doce e atraente
E por umas horas fez-me sentir feliz e radiante
Confiei nele e ele em mim
Queria dizer-lhe, queria admitir-lhe uma verdade
Mas tinha medo, tinha vergonha do que na minha cabeça passeava
Eu na verdade não o conhecia, eu na verdade nunca o tinha visto
mas juro, que dentro de mim eu tinha a certeza de uma coisa,
era ele..
sim, era ele, encontrei o príncipe dos meus sonhos :)

Já venci

Vou fazer de conta que nunca errei
Sei que no passado não mexerei
Vou fazer de conta que nada me atrapalha
Através de um sorriso, logo viste quem ganha
Fui curiosa e explorei a terra
Dei voltas ao mar e parei a guerra
Percebi que ainda podia ser feliz
Apesar de um passado infeliz…
Não, não quero imaginar o fim de uma vida
Sem sequer ter tentado lhe dar inicio
Agora quero falar do que explorei
Vi coisas que jamais imaginei
Senti as oportunidades no céu a voar
E a coragem no ar brincar
Era só eu querer e lançar-me para agarrar
Era só eu querer e ter
Não quis desperdiçar, mas sim aproveitar
Não penso no passado, que já foi enterrado
E hoje sem medos grito bem alto
“eu quero ser feliz e vou ser feliz” :)

Fugitiva

Nem te atrevas a procurar-me
Não quero ninguém a encontrar-me
Fiz de tudo para te agradar
E tu somente a me ignorar
Guardei muito tempo esta dor em mim
Fingi que nunca haveria um fim
Hoje te digo “ não quero mais ser tua”
Juntar-me a ti foi uma loucura
Amava-te tanto que nem pensei
Hoje é que vejo o quanto errei
Agora sofres arrependimento
E corres seguindo o vento
Pensando que até a mim te levara
Mas tarde demais, eu já fugi
A esta hora já estou longe de ti
E já te disse, não me venhas procurar
Eu já estou farta de te explicar
Que nunca mais teus olhos para mim vão poder olhar

Ilusão, pura ilusão

Tudo brilhava
E a ti te amava
Passou uns dias
E já nem rir me fazias
Foi numa noite de nevoeiro, que não precisei de te ver
Senti o teu cheiro que me fez amanhecer
Mais tarde cativaste-me com o teu olhar
Fizeste com que só me apetecesse te beijar
Durante horas viajei o teu ser
Nem te importaste com o que podia vir a acontecer
As horas passavam
E nós ainda ali estávamos
Perguntei-te se me amavas
Respondeste-me que ainda só agora começamos
Eu não tinha medo do que sentia nem do que fazia
Só tinha medo da tua atitude depois deste dia
E sim, mais uma vez me enganaste
E sim, mais uma vez a mim me deixaste
Mas voltarei a ser mulher com M grande
Não és tu que me difamaras ;)

Estás? Não estás?

Estás ai, e eu nem vi,
Ou fugiste de mim?
Que coisa é essa que estás a fazer?
Que coisa é essa que não consigo perceber?
Falas de coisas que eu não entendo
Deixas-me sozinha no meio de um problema
E dizes que as minhas palavras não passam de um lema
Um lema sem sentido, um lema perdido e bem adormecido …
Não sabes o que dizes e magoas quando o dizes
És perfeito por fora e errado por dentro
Fazes-me feliz quando queres
E infeliz quando preferes
Apareceste e desapareceste
Amor real, ou uma ilusão?
Não sei, só sei que foste uma desilusão
Um dia vi-te e sorri, outro dia não te vi e sofri
E ao meu lado nunca mais te vi.

Viagem sem sucesso

Estou numa linda viagem
Onde vejo o mar, o mundo e até a ti
A dizerem-me “miúda, tens tudo à tua frente, não desistas”
E onde eu me vejo a navegar e agarrar em tudo o que eu deixei fugir
Em tudo o que eu desisti, por pensar que nunca lá chegaria
Vi-me a dominar sobre tudo o que me metia medo
Vi-me a rir, a tudo o que me metia triste
Agarrei e nunca mais larguei
Dominei, e nunca mais tive medo
Ri-me e nunca mais chorei
Uau, que linda viajem
Uau, que lindo momento
Mas quando acordei, não fiz mais nada que começar a chorar
Era tudo perfeito, mas não passou de um sonho
Eu na realidade não consigo, a verdade é que nunca lá chegarei
Tenho medo, estou triste, e desisti
És lindo, és perfeito, mas nunca serás meu.

Desculpa

Já sei a revolta pelo qual não te tratei tão bem
Queria perceber tudo e acabei por nos magoar também
utilizei todas as cores para pintar a minha vida
corri atrás de um horizonte feito à minha medida
Acabei sem perceber o que fazer
Só te queria voltar a ter
Entendi que tinhas razão em tudo o que fazias
O único erro aqui foi de nunca ouvir o que me dizias
O passado foi deixado bem enterrado
Não quero que seja relembrado
Hoje estou a viver o presente
E reparei que não me sais da mente
Amanha já é o futuro
E sinto que tudo será mais duro.
Queria tanto pedir-te desculpa e dizer que ainda te amo também
Mas com todos os meus erros dizes que não queres mais ninguém
Desconfiei de ti, o que nos levou ao fim
Tive atitudes tão parvas de menina mimada
Tentei voltar atrás e remediar tudo, mas não me valeu de nada
Um dia assim foram elas, que me fizeram enlouquecer …